quinta-feira, 7 de junho de 2007

Bloqueio do G8


Heiligedam


Os bloqueios a cimeira do g8 começaram ontem de manha. Prolongaram-se pela noite e continuaram hoje. Neste momento cerca de 10 000 activistas continuam a bloquear a Cimeira. Para informação detalhada sintoniza-te na rádio g8 (Link na tua direita ou directamente na morada http://radiog8.no-ip.info:8000/stream.ogg.m3u) , onde podes ouvir noticias, entrevistas e comentários directas da Alemanha.
Uma série de fotografias estão publicados no nosso foto-diario (http://www.fotodiariog8nao.blogspot.com/)


















quarta-feira, 6 de junho de 2007

O Porto contra o G8


No Porto, alguém pensou que a melhor forma de ser solidário com os
protestos de Rostock a uma distância física tão grande, seria
contextualizar as pessoas que nos rodeiam para terem outra perspectiva das
coisas quando os média apresentarem os protestos como um amontoado de
actos de violência e vandalismo.

Nesse sentido, montaram uma estrutura em plena Rua de Sta. Catarina, no
passado sábado de manhã, onde explicavam que “quando vires, na televisão,
manifestantes à porrada com a polícia, já sabes que é contra o mundo
construído pelas vontades os mais ricos que os manifestantes lutam. E
também não te esquecerás que é esses mesmo mundo que a polícia tão
empenhadamente defende”


Fotos em Sardera.blogspot




Milhares de migrantes protestaram em Rostock contra o racismo institucionalizado (La Jornada)


Rostock, 4 de Junho

Ontem foi o dia de uma jornada dedicada aos migrantes e seus direitos. Um dia rico em iniciativas durante o qual dezenas de organizações, que trabalham pela resolução dos problemas dos migrantes, concretizaram meses de encontros. O dia começou morno e acabou numa grande manifestação que demonstrou a força real deste movimento na Europa.

À margem das iniciativas, alguns confrontos entre manifestantes e forças da ordem fizeram subir, desde que começaram os protestos, o saldo das detenções para 315 detidos e 10 ordens de apreensão por cumprir. A maioria destes casos será julgada esta quarta-feira pelo tribunal de Rostock.

O dia de protestos e mobilizações paralelas à cimeira do G8 começou calmo, com uma acção simbólica em frente ao Centro de Migração da cidade onde se reuniram cerca de 1000 pessoas.

Os oradores, todos imigrantes – africanos, palestinos, turcos e muitos mais - , incitaram ao combate contra o «racismo institucionalizado que aqui encontra a sua síntese», e apelaram aos que estão nas mesmas condições a não se renderem, mas a «resistir ante as ameaças e abusos das autoridades».

Frente a um espectacular aparelho de segurança, a manifestação dissolveu-se uma hora depois. Daí os activistas mobilizaram-se para outros objectivos: a sede de um supermercado Lidl e a casa onde se comemorou de forma muito emotiva o Pogrom (1) de há quinze anos.

Junto ao Lidl repetiu-se o protesto de ontem contra a multinacional culpada de explorar o trabalho migrante para oferecer preços baixos no mercado, mas a emoção na Sonnenblumenhus foi muito mais intensa. Há quinze anos, no dia 23 de Abril de 1992, organizações neo-nazis queimaram a sede de um centro para refugiados. Ninguém morreu nesse dia, mas o episódio representou um «culminar de uma larga série de actos de agressão contra os migrantes, que começaram em 1989», explica Sandro Mezzadra, filósofo e catedrático da Universidade de Bolonha, conhecedor a fundo do tema migração na Europa.

«Com o Pogrom de Rostock, a pressão (por parte da direita e da extrema-direita alemã) foi tão forte que o governo se viu obrigado a modificar o artigo constitucional que regula o refúgio e o asilo político. Nessa época um dos mais abertos, hoje muito mais restritivo».

Logo a multidão dirigiu-se aos arredores da cidade, até Fluchtlingslager, o centro para refugiados de Rostock. Já pela tarde os manifestantes saíram à rua com palavras de ordem como: «não às políticas racistas, não à brutalidade policial» e «todo o mundo é um lutador». Cerca de 20 mil pessoas foram rodeadas por milhares de polícias e camiões blindados que as bloquearam à entrada da cidade. Debaixo de uma ligeira chuva, os migrantes começaram em coro para os polícias anti-motim: «onde estavam em 1992?».

Uma delegação dos organizadores, todos migrantes – africanos na sua maioria – foi dialogar com os oficiais, que não só lhes propuseram desviar a marcha devido a ela estar autorizada apenas para 5 mil pessoas, como afirmaram desconhecer os grupos de manifestantes do chamado Black Block. «Não conhecemos ninguém», dizia o porta-voz da polícia. «A única violência que conhecemos é a que vivemos na fronteira e nos seus centros de detenção».

Finalmente, a marcha foi suspendida por decisão unânime, o que permitiu aos manifestantes dispersaram-se e invadirem a cidade pacificamente, face a uns polícias desorganizados perante a onda humana que pouco a pouco foi emergindo no centro urbano.

Asilo e Refúgio na Alemanha

O Centro para Refugiados Fluchtlingslager é uma novidade no panorama da regulação do fluxo de migrantes, cada dia mais numerosos, que chegam à Europa. Fruto das guerras e carestias nas regiões do sul do mundo, «os refugiados que aqui chegam são sobretudo africanos», confirma Mezzadra. «Estes centros são uma novidade, pois controlam os migrantes sem detê-los formalmente».

Este tipo de centros hospeda refugiados que no entanto são livres de sair e entrar. Todavia, dependem do governo de duas maneiras: estão obrigados a assinar um documento todos os dias, vivem e comem graças a um cheque diário que o governo alemão lhes oferece. «Uma nova forma, mais subtil, de controlo e manipulação das centenas de pessoas que chegam até aqui a pedir refúgio e ajuda a um governo que se supõe democrático», conclui Mezzadra. É uma estrutura que se diferencia dos Centros de Detenção Para Migrantes, instalados em todo o território alemão.

Na marcha, um refugiado proveniente do Togo comenta: «estamos aqui porque lutamos pelas condições de vida dos migrantes em toda a Europa. A condição dos refugiados na Alemanha é grave, todos estão prestes a ser deportados».

(1) um ataque violento e maciço a pessoas, com a destruição simultânea do seu ambiente (casas, negócios, centros religiosos).

Artigo retirado de Livratemeundo

Imagens- www.fotodiariog8nao.blogspot.com



Foto diário e nova edição da radio G8



Foi criado um foto diário que pode ser encontrado no link a tua direita, ou no endereço http://www.fotodiariog8nao.blogspot.com/ .
A rádio G8 passou de experiência a realidade. A partir de agora podem encontrar mais noticias, entrevistas e musica no stream (link a tua direita).
Na segunda edição do boletim G8 temos entrevistas com um refugiado Africano e 3 activistas de media que explicam um pouco sobre o ambiente que se vivei no norte da Alemanha no dia 4 de Junho.
Se quiseres participar com noticias, comentários ou fotos contacta-nos no radiog8radiolibertaria@gmail.com .
Estamos neste momento a espera de mais noticias e gravações da Alemanha, no primeiro dia da Cimeira.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Radio G8


A radioG8 já esta no ar. Produzida em português por portugueses interessados em chegar ao fundo do que mais importante esta a acontecer no norte da Alemanha.
Contacta-nos com noticias, anúncios de eventos ou gravações com comentários(mp3) no radiog8radiolibertaria@gmail.com .Se estiveres interessado em participar na produção forca, são todos bem vindos.
Aqui fica o link :

http://radiog8.no-ip.info:8000/stream.ogg.m3u

Caos em Rostock


Resultados dos Confrontos em Rostock

Mais de 900 feridos e 164 presos são os números finais de um longo dia de confrontos em Rostock.
520 manifestantes receberam assistência medica no local, segundo fontes das cruz vermelha e da anarchist black cross. 433 policias também tiverem de receber assistência media, 33 permanecem no hospital, 2 deles em estado considerado grave.
As autoridades reconheceram oficialmente 126 presos, no entanto a equipa legal formada especialmente para assistir os protestos afirmou ter conhecimento de 164 manifestantes em custodia policial durante o protesto em Rostock. O paradeiro de mais de 15 manifestantes continua por definir.
Algumas agencias noticiosas anunciaram que um manifestante de cara tapada saltou para o palco onde uma serie de discursos estava a ter lugar no fim da manifestacao, pegou num microfone e incitou a multidao a confrontar a policia. Ate ha data ainda ninguem o confirmou, nem mesmo a policia.
Existe sim um video que mostra um grupo de cerca de 10 polcias a invadirem um protesto sentado que teve lugar no final da manifestacao. Acontecimento que testemunhas afirmam ter iniciado os confrontos. Ate agora so tivemos acesso a um pequeno excerto desse video, que em breve sera publicado. Aqui fica o link http://www.indymedia.org.uk/en/2007/06/372396.html



Festa de Rua


Nessa mesma noite uma festa pacifica do Reclaim the streets foi atacada pela policia no centro da cidade. Segundo uma série de testemunhas a policia carregou nos mais de 500 manifestantes sem qualquer aviso. Houve uma série de detenções embora ainda não haja números concretos. Infelizmente, o sistema de som foi confiscado.


Neo-nazis Vs Antifascistas

Estes protestos na Alemanha tem sido palco para pequenos confrontos repetidos entre antifascistas e elementos neo-nazis um pouco por toda a Alemanha. Há cerca de um ano vários grupos neo-nazis anunciaram que também iriam organizar uma série de protestos contra o G8. Ate a data ainda não houve confrontos a grande escala já que a policia tem-se antecipado a vários protestos e contra-protestos por parte dos dois lados, e os manifestantes de esquerda compoem uma maioria esmagadora.
Varios grupos de esquerda tem produzido panfletos aconselhando cautela, ja que muitos neo-nazis passeiam-se pelas ruas com bandeiras iranianas e palestinas ("Solideriadades anti-semitica"). Existe uma noticia, ainda por confirmar, de que ontem ha noite, em Berlim, um grupo de anarquistas ingleses foi atacado por neo-nazis, quando estes pediram informacoes a um grupo de Skin heads, convencidos que eram manifestantes "legitimos".

sábado, 2 de junho de 2007

Confrontos em Rostock


Rostock (Link de video) http://www.youtube.com/watch?v=0XdFjfnkCD4

Uma manifestação contra o g8 acabou em confrontos com as autoridades no centro de Rostock esta tarde.
Os problemas começaram quando um comboio que trazia cerca de 150 activistas anti-fascistas, foi bloqueado pela policia a chegada a Rostock. As ultimas noticias confirmam 30 presos antes do inicio da manifestação, enquanto que o resto foi identificado e bloqueado ate ao final do dia.
Quando a manifestação chegou a praça Am Strande, perto do porto de Rostock, testemunhas afirmam que a policia carregou num grupo pequeno de manifestantes quando estes cantaram slogans anti policia. Varias pessoas ficaram feridas e foram presas, embora ainda não existam números definitivos.
A manifestação atraiu cerca de 50 000 pessoas, embora (como e de esperar) a estimativa da policia e mais baixa (30 000).
O concerto programado para o fim da manifestação foi adiado. A situacao no momento parece estar mais calma, no entanto cerca de 40 manifestantes estão neste momento bloqueados pela policia no centro de rostock


Heiligendamm

Dois activistas invadiram o centro onde a cimeira terá lugar a partir de dia 6. Todas as entradas estavam “devidamente” protegidas pelas autoridades, no entanto dois jovens mais persistentes alugaram uma pequena avioneta, violaram a no Fly Zone, e saltaram de para quedas para dentro do local.